domingo, 21 de outubro de 2007

Paz Interior

Uma vida fugaz, rumo à inconcordância desmedida.
Palavras soltas, pensamentos sonoros, gestos abismais, misturas dissolventes.
O presente revela algo. O tempo avança à sua velocidade, queimando o resto de força que emito. O que está correcto estará errado? A oposição quebra as regras, desnivela as ondas do raciocínio lógico e proclama a vontade instantânea de sentir, de estar, de ter. Tudo em vão, tudo o que ganho perco no segundo seguinte...
A incapacidade e o pânico de estar sozinho provoca o desconcertar do meu equilíbrio mental. Sem barreiras quebro tudo, sem espaço procuro, sem fundamento encontro. Tudo ou nada... O nada é mais provável. Do todo, pouco se extrai.
Formo peças espirais e laminares através das minhas experiências que me rasgam à medida que passam.
Onde cheguei? Tanto poder... E tão pouca ambição.
Qual o meu papel? Espero ter uma folha de vida preenchida, com muitos rabiscos, mas completa.
A solidão instala-se, ou pelo menos o medo da sua presença. Oiço vozes que me desaustinam, me enlouquecem... Estarei louco? A loucura procura estados de alteração impondo a sua diligência.
Encarrilho com a solidão, o desespero e a sensação de estar perdido, provocando um estado de completa exaustão. Sinto-me preso à minha própria loucura.
Onde andarão os desejos? Uma névoa paira há algum tempo sobre mim, uma neblina serrada, forte, asfixiante.
Tantas pessoas... O que estou eu a ganhar com isso? A experiência não é a resposta.
Quero voltar a sentir-me preenchido com cores fortes e quentes, quero que as forças me levem mais longe, quero dar um passo de cada vez, quero exprimir-me em liberdade, quero puder gritar, chorar, rir... quero observar e guardar tudo isso.
A chave de mim está perdida, a fechadura enferrujada, a porta range só de tocar.
Quero uma calma destemida.
Quero voar numa brisa suave sobre os raios de sol que iluminam cada poro da minha pele.
Quero voltar a ter aquele sorriso preenchido.
Quero instalar a paz dentro de mim.
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Estou bem… mas quero alcançar mais.
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Está tudo nas nossas mãos.
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2 comentários:

Anónimo disse...

a ideia é mesmo essa, estar bem mas tentar sempre alcançar melhor para nos sentirmos ainda mais coesos connosco próprios :) HUGZ

eskimo friend disse...

olha, eu costumo dizer que "se quase tudo depende das nossas escolhas, então que, pelo menos, sejamos felizes com elas".