segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Inconstante...

o

Tu que nada temes,
E tanto interpretas,
Quais os teus limites?
Quais as tuas barreiras?
Ao longe ouve-se o murmúrio das ondas,
O soluçar do vento gélido,
O arrepio das sombras,
A aura incandescente.
Quem se aproxima?
Palavras te atirei com um intuito vago de descarregar as fúrias e angústias passadas
Um abismo eterno, incalculável, inóspito, atractivo.
Estarei a sonhar?
Que sonho constante é este?
O consumo faz-me vulnerável, petrifica-me.
O vazio preenche-me.
As ligações reencontram-se formando uma teia de afecto e conforto.
Algo me atormenta.
Não serei eu próprio um tormento?
Sou inconstante.
Mas também sou coerente e sensato.
Que luta é esta que coloca os meus opostos em guerra?
Cinzas incandescentes caem sobre a manta que me cobre o espírito queimando à medida que se dá o contacto.
À minha volta tenho tudo ao meu alcance.
Contudo a confusão inerente paralisa-me.
Deito-me na esperança de sonhar com algo que me leve para longe.
Acordo com o desejo de viver.

o

2 comentários:

Anónimo disse...

é bom ter isso tudo... e te digo...ter medo é bom... mt bom :)

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

Versos muito interessantes.
Esta falta, este conflito. Isso é uma transição.
Mudança.
Está na hora? Vai saber... -.-
foto bacana tb.
Isso aí, tentar explicar-se mostra um lado que as pessoas não entendemas passam a entender ou pelo menos aceitá-la.

Ray